Helinho começa seu mandato com duas crises no funcionalismo; líder de governo na Câmara culpa servidores por fila

O ensino municipal e a cesta básica ao funcionalismo estão deixando suas marcas como as duas principais crises no início da gestão de Helinho Zanatta (PSD). Creches estão sem professores e, para piorar a situação, o chefe do Executivo suspendeu o pagamento de horas extras a profissionais para cobrir ausências ou propriamente a falta de mão de obra. Como ‘solução’, classes de diferentes séries estão sendo agrupadas em uma única sala mediante à disponibilidade de docentes ou funcionários. 

“Essa rotina é inviável para a garantia dos direitos de bebês e das crianças. Não nos calaremos diante da precarização do trabalho e contra os direitos das servidoras e servidores municipais”, diz uma nota de diretores de 13 de fevereiro deste ano sob o título ‘Manifesto das gestoras e gestores da rede municipal de Educação Infantil’.


CESTA BÁSICA

Sobre as cestas básicas, após mais de um mês de atraso para a entrega do benefício, a distribuição começou nesta semana e gerou fila de mais de uma hora para a retirada do kit. O assunto foi tratado na sessão camarária desta segunda, dia 17. 

O líder de governo na Câmara Municipal, Josef Borges (PP), culpou os próprios servidores pela fila. “Aconteceu que todo mundo foi no mesmo horário. O prefeito cobrou a empresa para disponibilizar um local com mais mobilidade. Não é possível exigir da empresa o local que vai ser feita a entrega, mas se comprometeu a estudar”, disse, prometendo que, nos próximos dias, o sistema será regularizado para cerca de 8.000 funcionários públicos. 

O ex-presidente da Câmara, Wagnão Oliveira (PSD), elogiou o serviço feito anteriormente pela Nutricesta, empresa de Piracicaba, e reclamou de “abrir as portas e as janelas” para quem que não é da cidade. A CBB (Cesta Básica Brasil), de Rio Claro, é quem está fornecendo os kits de forma emergencial até que a licitação tradicional ocorra – até agora não há nenhum sinal de um novo edital no site da prefeitura. 

A qualidade dos alimentos é outro ponto. Há reclamações quanto à marca do café é do arroz, além da embalagem (sacola) rasgar com facilidade. Para tentar contornar a situação, a prefeitura fez um esquema de dias por secretaria e aposentados. A diretoria do Sindicato dos Municipais protocolou nesta semana um documento junto à Secretaria de Administração solicitando melhorias na distribuição e qualidade dos itens das cestas. 

A prefeitura foi questionada sobre os kits e a educação, mas não prestou qualquer esclarecimento. Na próxima terça, dia 25, às 19h30, a Câmara recebe audiência pública sobre o ensino municipal.

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