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Professor Noedi ocupou a Tribuna Popular para apontar apagamento da história do povo preto em Piracicaba (Foto/crédito: Rubens Cardia) |
A gestão Helinho Zanatta (PSD) foi duramente criticada pela vereança na sessão de segunda, dia 24, por encerrar as atividades da Coordenadoria Setorial de Promoção da Igualdade Racial e Étnica, idealizada pelo ex-vereador Acácio Godoy na legislatura anterior.
Ligada à Secretaria de Cultura de Carlos Beltrame, o fim desta coordenadoria bem como a retirada do Monumento ao Negro, no Engenho Central, e do Centro de Documentação Cultura e Política Negra da Lei Orgânica foram temas abordados pelo professor Noedi Monteiro na Tribuna Popular daquela noite.
“Não são só pessoas brancas que formaram esta cidade. Estávamos aqui há 89 anos antes [da fundação da Câmara]”, pontuou o professor, questionando sobre como contar a história da cidade sem proteção ao único busto em referência ao povo preto, de André Ferreira dos Santos, conhecido por Dr. Preto.
“Não temos nem um nem outro, nem a documentação e nem a coordenadoria porque o prefeito extinguiu a coordenadoria”, criticou a vereadora Rai de Almeida (PT) sugerindo a necessidade de manter ambos em funcionamento.
O líder de governo na Câmara, Josef Borges (PP), até tentou dar um refresco na situação de apagamento de história ao informar que tudo foi concentrado na Divisão de Igualdade Racial.
“Não é história de batuque e bola no pé, não temos representatividade e não há um secretário negro”, comentou Cássio Fala Pira (PL). Na mesma noite, o presidente da Câmara, o pastor Relinho Rezende (PSDB), prometeu uma “ação para modificar a situação de forma urgente”.
Anteontem, na quarta, o professor Noedi e a vereadora Rai foram até o secretário Beltrame apresentar uma série de propostas e demandas acerca das datas, marcos e localidades piracicabanas que estão na história da comunidade negra do município. Entretanto, conforme release da Câmara, Beltrame não se comprometeu em nada e a prefeitura não retornou à reportagem sobre o assunto.
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