Loterias Municipais tiveram aprovação da vereança no último dia 11 em placar apertado de 11x9 (Foto/crédito: Gemini/IA) |
Enquanto o STF terminava de julgar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), a Casa de leis também ‘pegava fogo’ por aqui na sessão de quinta passada. O projeto de lei 278/25 do prefeito Hélio Zanatta (PSD) foi a pauta central dos debates sobre as loterias municipais.
Na linha do tempo, André Bandeira (PSDB) apontou falta de informações pedidas via requerimento e questionou de comprometimento financeiro da prefeitura à educação financeira nas escolas – ele pediu adiamento por quatro sessões para votação, mas foi vencido por 14x6.
Laércio Trevisan Jr. (PL) defendeu que “jogos viciam e a responsabilidade é dos vereadores, principalmente dos pastores por compromisso moral”. Rai de Almeida (PT), que também é advogada, alertou sobre jurisprudência de inconstitucionalidade por proliferação de jogos.
Na ala a favor do ‘tigrinho’ do prefeito, Renan Paes (PL) defendeu que “quem joga não vai deixar de jogar” e o líder de governo na Câmara, Josef Borges (PP) mencionou a possibilidade de alcançar uma arrecadação de até R$ 75 milhões e falou em “coisa séria” quanto aos jogos a serem implementados com regulamentação.
Questão do placar
Apesar da transmissão ao vivo da TV Câmara mostrar um placar de 11x8 (imagem acima) para a primeira discussão das loterias municipais sem o voto de Cássio 'Fala Pira' (PL) – houve uma segunda com o mesmo resultado em extras no mesmo dia – o sistema interno na web do Legislativo (Siave) fechou o placar em 11x9, com votos contrários de André Bandeira (PSDB), Cássio Fala Pira (PL), Edson Bertaia (MDB), Gesiel Madureira (MDB), Laércio Trevisan Jr. (PL), dr. Marco Bicheiro (PSDB), Rafael Boer (PRTB), vice-presidente da Câmara), Rai de Almeida (PT) e Silvia Morales (PV/Mandato Coletivo).
Foram a favor Alessandra Bellucci (AVA), dr. Ary Pedroso Jr. (PL), Fabio Silva (REP), Felipe Gema (SD), Gustavo Pompeo (AVA), Zezinho Pereira (UB), Josef Borges (PP), Pedro Kawai (PSDB), Renan Paes (PL), Thiago Ribeiro (PRD) e Valdir Paraná (PSD).
A pérola da noite ficou por conta do vereador Paraná, obreiro e habitué de igrejas. “Não vou comer a pera e a hora que vier o limão, vou deixar de lado”, justificou seu voto em favor do prefeito. A cereja do bolo' aqui é o tamanho ataque ao jornal por parte de 'Fala Pira', que alega ter votado na primeira discussão, mas a transmissão, às 3h17m23s, mostra claramente o painel sem o voto, a proclamação do resultado de 11x8 e a ausência do vereador em sua mesa no plenário.
Mesmo com a fonte apresentada, Cássio deixou o parlar e partiu para o ataque pessoal contra o jornal via WhatsApp, ignorando a fonte, afirmando que o jornal está "faltando clareza", "faltando com a verdade" e imputou "erro grotesco". É de se lamentar.
Críticas ao prefeito
Um grupo de parlamentares e partidos divulgou artigo nesta terça, dia 14, com críticas à atuação do prefeito Hélio Zanatta (PSD) junto ao Legislativo. No texto, há uma lista memorável das interferências do Executivo tratorando do meio ambiente à educação.
Os primeiros indícios de falta de diálogo na atual gestão em Piracicaba surgiram logo no início do mandato, quando foram convocadas sessões extraordinárias na Câmara Municipal para aprovar uma reforma administrativa, sem a devida participação do funcionalismo público e da sociedade. Essas iniciativas evidenciam uma condução centralizadora do Executivo, marcada pela ausência de diálogo e pela fragilização dos espaços de participação social.
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