Sem conseguir justificar o corte milionário na saúde e educação, o líder de governo na Câmara, Josef Borges (PP), falou mais que a boca. Além de atacar a reportagem do jornal com adjetivos falaciosos numa afirmativa de “matéria mentirosa e manipuladora” – sem provar nada e sem responder às perguntas do Diário – a versão mais recente foi a da necessidade do mega remanejamento, aos mais de R$ 60 milhões, para pagar férias e décimo terceiro.
Josef insiste em um cálculo errado feito pelo ex-prefeito Luciano Almeida com impacto negativo de R$ 18 milhões, mas a verdade é que os recursos cresceram, do ano passado para este, em R$ 148,03 milhões. “Lamento o posicionamento do Josef, até cabe uma ação judicial. Ele está abusando”, disse André Bandeira (PSDB) sobre os ataques à imprensa independente.
Outra ladainha no destaque e relembrada por Bandeira vem da secretária de Finanças, Karla Pelizzaro, que costumeiramente alega ter contas negativas colocando neste pacote dívidas de longo prazo, com até 15 anos para serem saldadas.
Outra de Karla Pelizzaro é de que o superávit do ano passado, na casa dos R$ 400 milhões, não cobre o passivo deixado pelo ex-prefeito – valor quantificado acima por Josef e claramente com disponibilidade para ser quitado sem tirar recurso de, por exemplo, construção de escola e compra de papel higiênico para posto de saúde.
Bandeira classificou este contexto como “fora da realidade”. Por fim, apenas para relembrar: na justificativa assinada pelo prefeito Hélio Zanatta (PSD) ao PL 136/25 é claro como água a necessidade de recursos para quitar um déficit criado pelo próprio governo em cargos comissionados com salários de até R$ 16 mil, fruto das reformas administrativas de janeiro deste ano.
Em tempo: que venham emendas ou recursos extras, não é admissível tirar um centavo de serviços essenciais. E ponto.
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