Câmara azedou na quinta, dia 26, e explicações do corte de R$ 25,2 milhões na saúde e educação caem por terra com alta de 12,5% para folha de pagamento entre 2024 e 2025


Organizado pela base governista, Câmara votou de forma unânime para adiar projeto do Executivo
(foto/crédito: Guilherme Leite)

Toda sorte de justificativas têm sido dadas pela base do governo para cortar R$ 25,2 milhões da saúde e educação municipais a fim de quitar buraco dos salários dos comissionados do prefeito Hélio Zanatta (PSD). Foram dias intensos desde a primeira votação do projeto de lei 136/2025, de autoria do Executivo, quando a vereança deu seu primeiro aval na sessão camarária desta segunda, dia 23 – a segunda discussão, pra passar a manobra em definitivo, foi adiada ontem, quinta, de forma unânime, e o presidente Rerlinho Rezende (PSDB) já marcou reunião extraordinária para segunda, dia 30, a fim de liquidar a fatura; um segundo ponto sobre ontem foi o clima pesado e a biruta da orientação governista, de maioria maciça na Casa, que optou pelo adiamento, sinalizando a pedra no sapato tamanha de Hélio com cortes. 

Em entrevista exclusiva, o vereador André Bandeira (PSDB), profundo conhecedor no assunto finanças públicas, apontou erros crassos da base governista em dois levantamentos. 

O primeiro é sobre o aumento de 12,5% para folha de pagamento nas LOAs (Leis Orçamentárias Anuais), entre 2024 e 2025, de R$ 1,17 bilhão para R$ 1,32 bilhão – caindo por terra a alegação, inclusive da secretária de Finanças, Karla Lovato Pelizzaro, de que o ex-prefeito Luciano Almeida (PP) teria feito cálculo errado para os funcionários. 

Este dado de alta de 12,5% também dá um cala a boca no líder de governo na Câmara, Josef Borges (PP), quanto ao orçamento de 2025 não ter a previsão do reajuste inflacionário concedido recentemente ao funcionalismo, em 5% – que é menos da metade dos 12,5% no acréscimo votado e aprovado em 2024 para este ano para pessoal e encargos sociais. 

Um segundo ponto, informa Bandeira, é sobre o uso de recursos do Fundeb para pagar comissionados. O parlamentar pediu a verificação desta possível irregularidade à Procuradoria Jurídica da Câmara de Vereadores e aguarda um parecer que pode inviabilizar o mega remanejamento do Executivo.

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