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Chefe do Executivo justifica 'baile' no orçamento para pagar despesa criada com comissionados do prefeito (foto/crédito: reprodução) |
O vereador André Bandeira (PSDB), um ás no orçamento público, fechou a conta e revelou um corte de R$ 25,2 milhões no custeio e investimento da educação e saúde municipal – R$ 17,2 milhões e R$ 8 milhões, respectivamente. A retirada desta fatia ‘gorda’ do orçamento de 2025 foi proposta ao Legislativo pelo prefeito Hélio Zanatta (PSD), e a vereança votou ontem, dia 23, em favor do projeto de lei 136/2025. Por 15x6, o placar da primeira votação – ainda tem uma segunda e derradeira a acontecer muito provavelmente nesta quinta, dia 26 – mostrou o apreço de grande parte da vereança pelo prefeito.
No total, o remanejamento, o maior da atual gestão, chega aos R$ 64,05 milhões para ter caixa a fim de saldar a folha de pagamento de funcionários. Na justificativa do projeto de lei do Executivo, o prefeito deixa muito claro que a dança de códigos, mais de 100, se deve às reformas administrativas realizadas pelo próprio, no início de 2025.
Chamada por Lei dos Comissionados, houve criação de cargos com altos salários para os indicados do alto escalão político, entre R$ 9.000 e R$ 18 mil, observou a vereadora Silvia Morales (PV/Mandato Coletivo). Diante da explosão de salários, Silvia contemporizou: “não dá para dizer que não haveria problemas financeiros”. Rai de Almeida (PT) pontuou o desfavorecimento do servidor de carreira “para contemplar campanha [eleitoral] e acordos dentro da máquina [pública]”. O mega reajuste do prefeito não passou por análise das comissões parlamentares de Educação e Saúde.
'La garantia soy yo'
O líder de governo na Câmara, Josef Borges (PP), garantiu que o rombo será coberto a partir de recursos estadual e federal mais emendas parlamentares, porém não comprovou de onde viriam os milhões.
Quanto à falta de insumos básicos na saúde, Josef culpou a crise respiratória que se transformou em estado de emergência municipal. Mas o líder foi rebatido de pronto pelo vereador e médico Marco Bicheiro (PSDB): “em janeiro e fevereiro já faltava agulha”, disse sobre o sistema municipal de saúde, classificando o corte por absurdo.
15x6
Foram a favor do corte e votaram com o prefeito Gustavo Pompeo (AVA), Renan Paes (PL), Felipe Gema (Solidariedade), Rafael Boer (PRTB), Alessandra Bellucci (AVA), Fábio Silva (REP), Josef Borges (PP), Zezinho Pereira (UB), Valdir Paraná (PSD), Edson Bertaia (MDB), Pedro Kawai (PSDB), Thiago Ribeiro (PRD), Wagnão Oliveira (PSD), Ary de Camargo Pedroso Jr. (PL) e Paulo Henrique Paranhos (REP).
Os contrários foram Rai de Almeida (PT), Silvia Morales (PV), Cássio Fala Pira (PL), Laércio Trevisan Jr. (PL), André Bandeira (PSDB) e Marco Bicheiro (PSDB).
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