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Líder de governo na Câmara, Josef Borges (esq.) antecipou defesa da prefeitura na audiência: o aumento é para custear investimentos no Semae (Fotos/crédito: Guilherme Leite/reprodução) |
Vai ficar nas mãos da base do governo a audiência pública sobre o aumento das tarifas de água e esgoto em Piracicaba, agendada para o próximo dia 20, uma quarta, às 19h, na Câmara de Vereadores. A queda de braço foi dura contra os parlamentares governista.
Houve dois requerimentos protocolados para a realização da mesma reunião: Silvia Morales (PV/Mandato Coletivo) foi autora do primeiro a dar entrada e o vereador de extrema direita Renan Paes (PL), o segundo. O líder de governo Josef Borges (PP) pediu adiamento para votação do requerimento de Silvia e deixou o de Renan com a ‘bola quicando rumo ao gol’.
Os debates duraram duas sessões e na última, de quinta, dia 7, passou a audiência a ser realizada sob direção da base governista – este é um ponto ruim porque a presidência da reunião é quem escolhe as perguntas da população.
Mas o gol não foi de placa: a audiência aprovada só convocava o Semae e, diferente da proposta por Silvia, não incluía convite ao comparecimento à concessionária Mirante, Ares-PCJ (Agência Reguladora dos Serviços de Saneamento das Bacias dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí), os Comitês das Bacias PCJ, a Agência das Bacias PCJ e o Consórcio Intermunicipal das Bacias PCJ.
Na última hora, Renan aceitou chamar os demais entes dentro do que Silvia previa e, também, mudou o horário da audiência – a proposta do parlamentar era para o período da manhã, o que prejudica a participação popular.
A DEFESA
Mas o discurso a vir da prefeitura já teve sua bola cantada por Josef na sessão camarária: o reajuste de 18,48% da conta do Semae está justificado e liberado pela Ares mediante a um plano de investimentos informado pela gestão Hélio Zanatta (PSD) – a Câmara não tem poder de voto sobre tarifa da água.
Segundo o líder, caso o Executivo não cumpra com o plano, a tarifa sofrerá redução. O aumento é bem acima da inflação medida para o período, de 5,2%, e sinaliza que o Semae fará uma espécie de colchão financeiro. Cabem as questões sobre a capacidade da atual gestão executar obras e quais serão elas – detalhes a serem informados na audiência.
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