Clube Palmeirão vira cemitério de animais com gatos presos na piscina e urubus ao aguardo da ‘refeição’


Animais presos em piscina miam por dias sem conseguir escapar; moradores não têm acesso ao espaço para prestar socorro

(Foto/crédito: Ângela Mello)

Ainda sobre denúncias à reportagem após a manchete sobre os gatos do Cemitério da Saudade, há outro ponto em Piracicaba com necessidade de um olhar urgente do Poder Público. O Clube de Regatas Palmeiras de Piracicaba, no Bairro Alto, se tornou uma armadilha cruel para os bichanos, que gritam por dias porque não conseguem sair da piscina com maior profundidade – torturando também os moradores do entorno do conhecido Palmeirão. 

"Os gatos caem na piscina funda e não conseguem mais sair e acabam morrendo. Diversas vezes já ouvimos gatos desesperados miando por quatro, cinco, seis dias seguidos. Não conseguimos acesso para entrar e ajudar os bichos. [O local] vive cheio de urubus e não conseguimos que alguém tome providência. O Clube Palmeiras, que fica aqui na Bernardino Campos, está fechado e abandonado. A coisa está desesperadora para nós que moramos aqui do lado", informa Ângela Mello, classificando o local por cemitério de animais.


SEM DONO

A propriedade é alvo de processo judicial em ação movida pela prefeitura em setembro de 2021 contra a BHG Empreendimentos Ltda e o próprio clube. A área foi doada pela administração municipal ao Palmeirão com o objetivo de atender interesse público e social de práticas esportivas e sob exigência de que só poderia ser vendido se continuasse a prestar o mesmo serviço – mas a intenção da venda era a implantação de um supermercado da rede Taste. 

Na última movimentação do processo, no dia 13 da semana passada, o juiz Wander Pereira Rossette Júnior deu um prazo de 30 dias para tentativa de solução amigável. A reportagem entrou em contato com a prefeitura, BHG, supermercado e Otavio Jose Spigolon, até então presidente do clube, e aguarda um posicionamento.

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