Desmonte na Assistência Social: corte no orçamento deixa 180 adolescentes com futuro incerto e Pasca rompe com a prefeitura


Adriano Camargo, secretário-executivo, e Edvaldo Brito, secretário de Assistência, Desenvolvimento Social e Família
(Foto/crédito: Prefeitura de Piracicaba)

A Pasta chefiada por Edvaldo Brito cortou o orçamento da Pasca (Promoção da Autonomia ao ser Criança e Adolescente) e deixou o futuro incerto para 180 adolescentes – os valores não foram revelados. Atendidos pelo programa Seame (Serviço de Proteção Social à Adolescentes em Cumprimento de Medida de Liberdade Assistida e Prestação de Serviço a Comunidade), os assistidos serão desligados do serviço feito pela Organização da Sociedade Civil (OSC) sem fins lucrativos. 

Conforme apurou a reportagem, o Poder Público assumirá o serviço, mas com o horizonte de “não ter perna para acompanhar” o trabalho realizado pela Pasca. O entendimento é o de que a secretaria de Brito bem como da gestão Hélio Zanatta (SD) “estão pouco se importando com a qualidade e só querem cortar gastos”. Na semana passada, o presidente da OSC, João Luis Tozzi, publicou nota sobre a suspensão do Seame. 

“Desde 1981 a Pasca assiste pessoas em estado de vulnerabilidade social, também atuando em demais projetos e serviços, contribuindo incansavelmente com a rede de assistência social de nosso município. Em novembro de 2025, recebemos ofício da Prefeitura Municipal, noticiando a orçamentação destinada à execução do Serviço de Proteção Social Especial de Média Complexidade a Adolescentes em Cumprimento de Medida Socioeducativa de Liberdade Assistida (LA) e Prestação de Serviço à Comunidade (PSC) para o ano de 2026. Lamentavelmente, o valor disponibilizado não se revela suficiente para a manutenção do projeto dentro das condições que a Pasca entende por adequadas, as quais asseguram não só o respeito aos direitos dos assistidos, mas garantem sua eficácia e qualidade. Por tais razões, a Pasca irá concluir o período sob sua gestão no ano de 2025, deixando de capitanear tal serviço no ano de 2026, cuja execução ficará a cargo do Poder Público.”



O mesmo desmonte também acontece com outros programas, como o CCInter que terá queda de qualidade na refeição e outros cortes já sinalizados no Epsemc (Equipe de Proteção Especial da Média Complexidade) e Cras Volante (Centro de Referência de Assistência Social). A prefeitura foi procurada pela reportagem, mas não prestou qualquer esclarecimento.

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