Prefeito Helinho fecha 1º semestre com execução de 39% do Orçamento 2025; saneamento municipal, um dos três maiores caixas, ficou com mais de 70% ‘parados na conta’

A macroárea de Saneamento é um dos três maiores caixa do Orçamento 2025 da prefeitura e fechou junho com 73,11% ‘parados na conta’. O dado consta no Relatório de Execução Orçamentária declarados pela gestão municipal ao Siconfi (Sistema de Informações Contábeis e Fiscais do Setor Público Brasileiro) da Secretaria do Tesouro Nacional. Das 17 macroáreas mapeadas até o terceiro bimestre de 2025, dez ficaram na faixa dos 70% a 100% com verbas sem aplicação no período: Indústria, Direitos da Cidadania, Habitação, Cultura, Comércio e Serviços, Transporte, Agricultura, Ciência e Tecnologia, Saneamento e Desporto e Lazer – veja tabelas abaixo. Até o meio do ano foi executado pela administração municipal R$ 1,06 bilhão, correspondendo a 39% dos R$ 2,73 bilhões totais.

Até junho, a gestão Hélio Zanatta (PSD) utilizou R$ 122,11 milhões (mi) em saneamento – o caixa é de R$ R$ 454,21 mi, o terceiro maior do ano perdendo apenas para saúde e educação, as únicas que têm aplicações mínimas de recursos exigidas pela Constituição Federal. Nos seis primeiros meses foram aplicados R$ 367,26 mi na saúde municipal e ainda restam 57,89% no caixa de R$ 872,17 mi – a saúde lidera o ranque de saldo do primeiro semestre, com uma gordura a ser queimada de R$ 504,90 mi.

Na educação, com caixa para o ano de R$ 682,01 mi, ainda sobraram em junho R$ 407,60 mi (59,76%). O prefeito não conseguiu executar o orçamento na faixa dos 50% em nenhuma das 17 macroáreas ao fim do primeiro semestre deste ano. Ficaram mais perto desta margem Urbanismo com 45,66% investidos; Segurança Pública aos 44,97%; e Gestão Ambiental aos 44,85%.

LANTERNINHAS

Entre as macroáreas esquecidas pelo prefeito Zanatta, a campeã no ranque porcentagem é a Indústria. Com um caixa medíocre em termos de volume, aos R$ 193 mil – o menor de todos – a prefeitura deixou de atuar em todas as frentes, de produção, promoção, propriedade e normalização e qualidade – nem gastos administrativos foram contabilizados.

No segundo pior resultado, cruzando caixa versus investimentos, aparece Direitos da Cidadania, aos 96,15%. Com R$ 907 mil em verbas para 2025, o uso foi de apenas R$ 34,91 mil em Direitos Individuais Coletivos e Difusos – nenhuma ação foi feita aqui para Custódia e Reintegração Social e Assistência aos Povos Indígenas.

Segundo o IBGE, Piracicaba tem pouco mais de 300 habitantes entre a população originária e, quanto à custódia e reintegração, esta subárea se refere à segurança pública: custódia refere-se à manutenção, administração e vigilância de pessoas privadas de liberdade (presídios, cadeias públicas, centros de detenção provisória) e reintegração são as ações para recuperar e reinserir essas pessoas na sociedade após o cumprimento da pena – vale lembrar que Piracicaba tem uma penitenciária do governo do Estado de São Paulo.

Em terceiro lugar neste mesmo ranque aparece, infelizmente, a Habitação – o ex-prefeito Luciano Almeida (PP) não construiu nada em habitação popular. Dos parcos R$ 7,47 milhões destinados, R$ 7,13 milhões continuaram em caixa até junho, o equivalente a 95,49%. Apenas R$ 263,41 mil foram utilizados para Habitação Urbana – e zero para rural. A administração geral desta macroárea demandou R$ 73,24 mil.

A reportagem entrou em contato de forma antecipada, no dia 13 último, com a prefeitura e com todas as secretarias municipais. Não houve nenhum comentário sobre o desempenho da administração municipal como um todo e nem em particular de cada Pasta.

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