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As águas não rolaram no Rio Piracicaba: vazão deveria ser de 61 metros cúbicos por segundo, mas só chegou a 24 (Foto/crédito: José BV Libório) |
Mais uma vez a vazão do Rio Piracicaba é destaque no Boletim Hidrológico do Consórcio PCJ (bacias do Piracicaba, Capivari e Jundiaí). O balanço foi divulgado nesta quarta, dia 13, e o rio que dá nome à cidade ficou 60,4% abaixo da série histórica em julho, com vazão média de 24,2 m³/s – a média para o período é de 61,1 m³/s.
E o problema é crônico neste ano, informa o boletim. “Com relação às vazões médias dos rios das Bacias PCJ, em julho de 2025, os valores continuaram a ficar abaixo da média histórica, assim como ocorreu nos meses de janeiro a junho. O acumulado das vazões médias registradas nos nove postos indicados ficou 47,6% abaixo da média histórica.”
CHUVAS
E, obviamente, a vazão tem impacto das chuvas, que também registram quedas. “Conforme os dados da Sala de Situação PCJ, a média das precipitações acumuladas registradas nos 25 postos pluviométricos do Saisp (Sistema de Alerta a Inundações de São Paulo) espalhados pelas Bacias PCJ foi de 16,4 mm. Esse valor se enquadra 33,1% abaixo da média histórica para o mês de julho, que é de 24,5 mm.”
Para agosto, a previsão de chuvas varia entre 50 mm abaixo ou acima da média no Brasil. “Contudo, na maioria quase absoluta do território nacional, incluindo a região das Bacias PCJ, é esperada pouca variação, da ordem de 10 mm abaixo ou acima da média”, indicando não haver chances de inundação.
Já entre agosto e outubro, há uma sinalização para o território nacional de 100 mm de chuva, para mais ou menos – se houver uma pancada em um curto período de tempo, há problemas com alagamentos e enchentes.
“Nas Bacias PCJ, a previsão de anomalias nas regiões de cabeceira é próxima da neutralidade, enquanto as regiões a jusante têm anomalias esperadas entre 10 mm e 50 mm acima da média e a porção mais ao Norte apresenta previsões mais secas, entre 50 mm abaixo e 10 mm abaixo da média”, informa o consórcio – a cidade de Piracicaba fica a jusante do rio.
LA NINÃ
Entretanto, de agosto até outubro, a escassez de chuvas pode persistir. “Essa é uma constatação relevante porque a predominância da tendência de La Ninã durante o período úmido tende a reduzir a incidência de chuvas, o que pode impactar e prejudicar a disponibilidade hídrica para o ano seguinte, caso os reservatórios não se recuperem totalmente.”
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