Esta matéria é parte da séria especial LOA 2026. O conteúdo reportado aqui se refere à audiência pública na Câmara de Vereadores, realizada na quarta passada, dia 05 de novembro.
Apesar de ter caixa, o presidente do Ipasp (Instituto de Previdência e Assistência Social dos Funcionários Municipais de Piracicaba), Carlinhos Schiavon, cravou durante a audiência pública da LOA 2026 que a situação pode ficar insustentável em até cinco anos – o repasse da prefeitura está em R$ 217 milhões para cobrir calotes de gestões passadas na previdência municipal.
Como solução, as propostas já apresentadas ao prefeito Hélio Zanatta (PSD) bem como foi ao ex-prefeito Luciano Almeida (PP), vão de aumento da alíquota da contribuição dos funcionários ativos a criação de um fundo imobiliário a partir de leilões de propriedades da prefeitura sem uso.
“Vocês têm noção o que acontece com o município se eu não pagar salário? Esqueçam as verbas federal e estadual, empréstimo em banco, o município para. Tô errado, Maroun? Não, né? A situação do Ipasp é essa e o instituto está bem até o momento. Não atrasamos um pagamento desde 1967”, disse Carlinhos se dirigindo ao procurador geral, Marcelo Magro Maroun, que avaliou ser precipitado pensar no leilão e prefere esperar um estudo sobre a situação do instituto encomendado recentemente pela prefeitura à Fipe – inclusive, segundo a secretária de Finanças, Karla Pelizzaro, a atual gestão não tem conhecimento total sobre suas propriedades e ainda trabalha no levantamento cadastral.
Carlinhos também disse estar preparando seu estudo sobre o impacto no custo de estatutários versus celetistas – tudo leva a crer que o estatutário custa menos à prefeitura e é essencial para manter as aposentadorias; a proposta deve ser a de migrar os celetistas. Segundo Karla, a dívida com o Ipasp chegou à casa dos R$ 3 bilhões – muito próximo da receita total de Piracicaba, de R$ 3,61 bilhões, estimada para 2026.
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