Leilão da Escola de Música é um pingo no oceano para o tamanho da dívida dos metodistas e Codepac não moveu uma palha em favor do patrimônio de Piracicaba


Em artigo, a jornalista Beatriz conta sobre a triste reta final da Escola de Música fundada pelo casal Mahle
(Fotos/créditos: Fábio Mendes/arquivo pessoal)

A venda da Escola de Música do maestro, por Beatriz Vicentini. 

“A gente sabe que vai acontecer, mas enquanto não acontece ainda, acha que tudo pode mudar. Mas não mudou. E o prédio da Escola de Música de Piracicaba Maestro Ernst Mahle irá a leilão no próximo dia 13 – como há mais de dois anos os gestores metodistas indicaram que ocorreria dentro do processo de recuperação judicial das suas escolas. Menos música, menos gente se beneficiando da arte, do ensino, do aprendizado. Sobrarão memórias para gerações de piracicabanos dos concertos, das aulas, dos projetos especiais, das audições que traziam artista de todo o país para se apresentarem em Piracicaba por causa da Escola de Música. 

De um tempo em que foi possível acompanhar grandes concertos, mesmo numa cidade do interior como Piracicaba. Porque Ernst e Cidinha Mahle fizeram acontecer. Não há muito o que se falar. Nem se lamentar mais. A cidade poderia ter reagido. Outras instituições ligadas à arte e à música poderiam ter insistido em soluções. Ex-alunos poderiam ter se unido de fato para buscar soluções alternativas. 

O Codepac (Conselho de Defesa do Patrimônio Cultural) poderia ter garantido o tombamento do imóvel. Os metodistas poderiam deixar de lado um leilão que não gerará talvez nem 3 milhões de reais – qual o efeito real sobre uma dívida que chega próxima aos 2 bilhões de reais? Nada aconteceu. Então, não se poderá dizer que o fim efetivo daquele espaço de arte e cultura seja surpresa.” 

Beatriz é jornalista e uma sumidade no assunto sobre a Rede Metodista. Leia texto na íntegra aqui.

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