Texto de Beatriz, uma sumidade no assunto sobre a falência da Rede Metodista, destaca bastidores do leilão da Empem ocorrido nesta semana
(fotos/crédito: reprodução/web)
Por Beatriz Vicentini, jornalista
É possível que os deuses tenham querido mandar alguma mensagem de desagrado. Mesmo que tivessem sido os deuses da tecnologia e não apenas os da cultura e da arte. Porque nem mesmo o site para o leilão on line do prédio da Escola de Música de Piracicaba Maestro Ernst Mahle se portou como deveria. Aberta a conexão para os inscritos, às 14h desta quinta, dia 13, nem o leiloeiro, nem o vídeo que mostrava o imóvel conseguiram permanecer ao vivo de imediato.
Seguidas mensagens apareciam no site, indicando problemas com a internet, indicando um “já retornamos”, informando sobre ajuste de vídeo. Os mais fervorosos defensores da preservação deste patrimônio em Piracicaba talvez até acreditassem que – quem poderia tirar a última esperança? – o leilão acabasse mesmo sendo suspenso.
Foram necessários nada menos que 20 minutos para que o evento pudesse ser realizado, devidamente acompanhado pelas autoridades legais que haviam autorizado a venda do imóvel como um dos itens disponíveis pela Rede Metodista para pagamento de débitos tributários arrolados no processo de recuperação judicial de suas escolas.
RESULTADO
Mas, como previsto, o prédio foi vendido para a MC Administração de Bens e Serviços Ltda, com sede em Piracicaba, num lance único de R$ 2.700.000,00 à vista. O arrematante – identificado como sociedade para venda e compra de imóveis próprios, criada em 2019 com capital social de 5 mil reais – deverá disponibilizar, entretanto, um prazo de um ano (que nem mesmo o leiloeiro sabia confirmar se era esse mesmo) para que os instrumentos e documentos existentes no prédio sejam devidamente retirados pelos metodistas “de forma adequada”.
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