As exportações de Piracicaba para o bloco econômico da América do Norte tiveram o segundo pior resultado negativo em 2025 com o impacto do tarifaço do presidente estadunidense Donald Trump. Dados fechados no ano até agosto para o bloco composto por EUA, Canadá e México mostram um recuo de US$ 27,83 milhões (R$ 151,91 milhões) frente a agosto de 2024.
O pior mês de 2025 foi abril, com queda nas vendas externas em US$ 29,05 milhões (R$ 158,56 milhões) no comparativo com o mesmo mês do ano passado. Olhando a soma dos números até o oitavo mês de 2024 e 2025, o recuo nas exportações neste ano é de 12,45%, com queda de US$ 142,2 milhões (R$ 776,16 milhões).
Os dados são do Mdic (Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços), que apontam o principal parceiro comercial de Piracicaba os EUA, aos 51,9% – os demais países são pulverizados a partir do segundo colocado, o Canada, com 7,1% e, na sequência, Argentina, em 4,4%. A grande prejudicada por aqui é a indústria de transformação.
Conforme a Agência Brasil, em matéria de Rafael Cardoso, o presidente do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), Aloizio Mercadante, disse na última quinta, dia 28, que estuda a possibilidade de suspender temporariamente o pagamento de dívidas de algumas empresas afetadas pelas sobretaxas dos Estados Unidos. E Piracicaba está nos planos de Mercadante.
“A equipe vai percorrer os municípios mais afetados e fazer uma audiência pública com os empresários para detalhar as linhas de crédito. Isso para que o processo possa fluir o mais rápido possível, porque o tempo é fundamental na economia. Quanto mais a gente atrasa, maior é o prejuízo. Se a gente se antecipa, e todo mundo consegue manter as suas atividades, a economia segue crescendo”, disse o presidente do BNDES.
Na ala política, Mercadante tomou conhecimento de que Piracicaba é a cidade do Estado de São Paulo com maior impacto do tarifaço e sinalizou debate com a deputada Professora Bebel (PT). Serão abertas conversas com a parlamentar a fim de buscar medidas para apoiar indústrias afetadas – segundo a assessoria da deputada, o encontro deverá ocorrer nos próximos dias. Veja aqui as empresas mais impactadas.
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