Ao estilo bate-e-pronto da gestão Hélio Zanatta (PSD), o objetivo de transformar o COT (Central de Ortopedia e Traumatologia) em um diminuto pronto-socorro a partir de 2026 deu lugar a um estudo. A ‘brilhante’ ideia da Secretaria Municipal de Saúde parecia suscitar a extinção o COT, a fim de transformar o serviço SUS em uma UPA (Unidade de Pronto Atendimento) de porte 1 – modelo para municípios com até 100 mil habitantes – figurando no Plano Municipal de Saúde para o período de 2026 a 2029.
O recuo para a condição de estudos aconteceu em reunião do conselho da área, realizado nesta terça, dia 2, a partir de críticas das comissões locais e do mandato da vereadora Rai de Almeida (PT).
Agora, conforme aprovado, a gestão Hélio Zanatta (PSD), sob a batuta do vice e secretário da Saúde, o médico Sérgio Pacheco Jr., foca num hipotético financiamento de reestruturação do COT, mas na dependência dos governos federal e estadual. O COT fica na mesma região da UPA Piracicamirim, estruturas que estão distantes a exatamente 1km (a pé).
“A intenção é melhorar o repasse do Ministério da Saúde e otimizar o fluxo de pacientes ortopédicos com queixas clínicas, que hoje são direcionados à UPA. Otimização logística e financeira, sem perder a essência do serviço. O COT seguirá sendo lá e continuará sendo uma unidade prioritariamente ortopédica”, garantiu o secretário Pacheco, em uma das raras vezes que a prefeitura responde ao jornal.
Em tempo: ficou clara a precipitação do governo municipal, que acabou convergindo para a necessidade de estudo amplo e apoio de entes fora dos limites de Piracicaba.
Baixíssimo número de leitos
O que está previsto para o COT entrou no bloco “Objetivo 6: Garantir, ampliar e qualificar o acesso na Rede de Urgência e Emergência, em conformidade com a Política Nacional de Atenção às Urgência e Emergências (Pnaue)”. A tristeza aqui é o reduzido número de iniciativas: apenas quatro.
Entre duas para ampliação de frota e descentralização do Samu, há o parco aumento de leitos hospitalares. Acompanhe os números: atualmente, Piracicaba possui 492 leitos e de 2026 para 2029, o objetivo é de ir de 502 a 542. A recomendação da OMS (Organização Mundial da Saúde) é de três a cinco leitos hospitalares para cada mil habitantes, portanto, pegando o mínimo, Piracicaba deveria contar com 1.322, resultando numa defasagem atual de 170%.
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