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Prefeito deixa de receber Coletivo de Blocos e prejudica organização do evento e giro da economia nos setores da cultura, comércio e hotelaria (Foto/crédito: Prefeitura de Piracicaba) |
Mais uma vez, o Carnaval de Piracicaba fica pendurado pelas tabelas no Executivo municipal. O prefeito Hélio Zanatta (PSD) não recebeu o Coletivo de Blocos de Carnaval de Piracicaba nesta sexta, dia 28, e a nuvem de incertezas se formam como em outros anos, podendo prejudicar tanto o comércio como o turismo.
Conforme documento do coletivo deixado na prefeitura, uma parceria com a Associação Piracerva, por exemplo, movimentou cerca de R$ 100 mil em 2024, montante que subiu para R$ 300 mil neste ano.
Já a mobilização de público chega a 100 mil pessoas e há constatação, junto à rede hoteleira, da maioria da hospedagem estar centrada nas atividades do Carnaval em Piracicaba.
O coletivo é composto por 14 blocos e não tem qualquer relação com a prefeitura – os blocos não são da prefeitura – e sim são organizados e realizados por profissionais locais da cultura.
A única relação com a administração pública é a de repasse de recursos, cerca de R$ 15 mil por bloco, fomentando a cultura piracicabana ao invés de contratos com verbas mais suntuosas para shows com gente de fora.
O temor do coletivo é o viés religioso na política, que tem tomado de assalto as decisões tanto do Executivo como do Legislativo com lobby e bancada evangélica.
Também paira no ar a hipótese de realização do evento de forma concentrada no Engenho Central, deixando de lado tanto a cultural local como o giro econômico do mesmo segmento bem como da gastronomia e da hotelaria.
Para o Carnaval de 2025, a prefeitura só sentou à mesa com o coletivo no fim de janeiro, prejudicando a organização e deixando em suspenso diferentes setores da economia.
A reportagem procurou o governo municipal, que não prestou qualquer informação ou deu posicionamento sobre o assunto.
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