Vereadores impedem realização de audiência sobre cumprimento de lei municipal na demarcação de vagas para transporte escolar


Líder de governo na Câmara justificou votos contrários por economia e defendeu que demarcação está em implantação; lei municipal é de 2022
(Foto/crédito: Semuttran)

A vereança rejeitou a realização de audiência para saber em que pé está a disponibilidade de vagas para vans escolares nas unidades de ensino pública e particular de Piracicaba. A decisão em plenário foi tomada na última quinta, dia 22, e a proposta era a de checar como estão sendo disponibilizados os estacionamentos conforme prevê lei municipal de 2022. 

A iniciativa foi do vereador Thiago Ribeiro (PRD), a primeira audiência proposta pelo parlamentar em seu segundo mandato no Legislativo piracicabano. O placar foi apertado, fechando em 9x8 – foram contra Gustavo Pompeo (AVA), Rafael Boer (PRTB), Fábio Silva (REP), Josef Borges (PP), Zezinho Pereira (UB), Valdir Paraná (PSD), Pedro Kawai (PSDB), Wagnão Oliveira (PSD) e Paulo Henrique Paranhos Ribeiro (REP). 

Thiago não gostou nada-nada da situação e, subliminarmente, entendeu ter sido uma represália da base governista porque votou contra a taxa de luz (Cosip). Ele defendeu ser objetivo da audiência tratar sobre a segurança escolar diante de uma lei que não vem sendo devidamente cumprida e sob a alegação de que foi procurado pelos condutores de vans escolares. 

“Para mim, esse resultado vem a partir do dia 5 de maio, quando aconteceu uma votação nesta Casa. Vou continuar de cabeça erguida e representando a população”, disse Thiago. 

A Lei 9.764/2022 manda demarcar vagas exclusivas para veículos do transporte escolar, distribuídas por número de estudantes: mínimo de duas vagas para escolas com até 300 alunos; e mínimo de três vagas para as com mais de 300 alunos. Josef, líder de governo na Câmara, fez a defesa dos contrários alegando que boa parte das vagas já estão sinalizadas e que Piracicaba tem “dificuldade enorme” quanto à mobilidade e ser necessário um “estudo rigoroso”. 

“A lei está sendo implantada e julgamos que não seria necessária essa discussão porque traz custos para esta Casa para fazer o debate”, disse, finalizando que “a oposição precisa criar um fato político” contra a base de Helinho Zanatta (PSD) – ou propriamente o prefeito mesmo. 

No sistema da Câmara (Siave) só esta audiência e mais uma foi rejeitada historicamente pela vereança – a anterior é de 2024, quando o então vereador Paulo Campos queria reunir a prefeitura para saber sobre um novo local para exames e aulas de autoescolas quando a gestão passada pensava em duplicar a avenida Alidor Pecorari.

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